Derrubada mata nativa em Paraíso (SC)
2005-01-31
Uma área de 60 hectares de mata nativa foi destruída nos últimos 18 meses no município de Paraíso, próximo do Rio Peperi-Guaçu, na fronteira com a Argentina. O 11º Pelotão de Polícia Militar Ambiental de São Miguel do Oeste conferiu quinta-feira (27/01) o crime ambiental, após denúncia encaminhada ao Ministério Público. De acordo com o comandante do pelotão, tenente Frederick Raumbusch, além da grande proporção da agressão à natureza, foram constatados três crimes ambientais. O primeiro é o corte de mata nativa, como angico, cedro e canela. O corte só pode ser feito com autorização de órgão ambiental e de modo seletivo. Do local, foram retiradas árvores com idades entre 60 e 80 anos e cerca de 20 metros de altura. Mas pouco restava da vegetação, pois a área foi transformada em lavoura e pastagem.
O segundo crime foi a retirada de vegetação em área de preservação permanente, próxima de córregos e fontes. A multa prevista para corte de mata nativa é de R$ 300 por hectare. Em área de preservação permanente sobe para R$ 1,5 mil. O terceiro crime constatado foi o de queimada em área florestal. A multa pode chegar a R$ 25 mil. O levantamento não foi concluído. A polícia vai autuar o proprietário, cujo nome não foi divulgado, e encaminhar o relatório ao Ministério Público. Raumbusch disse que o desmatamento de Paraíso é o maior dos últimos dois anos no Extremo-Oeste. (Diário Catarinense, 28/01)