Fogo consome plantação de pínus em São José do Norte
2005-01-31
Desde a tarde de sábado, 45 bombeiros de Rio Grande, Tramandaí, Cidreira e Pinhal, juntamente com outros 200 homens, combatem um incêndio que já havia consumido 400 hectares de uma área de plantação de pínus da Habitasul Florestal, em Curral Velho. A localidade de Bujuru, terceiro distrito de São José do Norte, fica a 80 quilômetros do centro da cidade. O comandante regional de bombeiros do Litoral Norte, major Guido Pedroso de Melo, que coordena a ação, informou que no final da tarde deste domingo as equipes extinguiram 90% do fogo, com o reforço de mais 50 funcionários da empresa. Segundo ele, os grupos trabalhariam toda a noite para não deixar que alguns focos do incêndio se reanimem, mas ainda há preocupação com o vento forte.
Até às 17h de ontem, não havia riscos para as residências e serrarias, distantes em torno de cinco quilômetros do local. Também não existia registro sobre vítimas. O incêndio começou em uma área de raízes, na manhã de sábado, onde já tinham sido cortados os pínus, mas depois atingiu os pinheiros. Os bombeiros utilizam cinco viaturas de combate ao fogo, enquanto funcionários da empresa e moradores das proximidades usam galhos verdes como abafadores. Na tarde deste domingo, a Habitasul mobilizou oito patrolas para construir um aceiro (vala) em torno dos focos, para evitar que as chamas se alastrassem. Dois caminhões também reforçam o trabalho do grupo de Rio Grande. Uma auto-jamanta com capacidade para 29 mil litros de água do grupamento de Novo Hamburgo foi deslocada para o local.
O fogo chegou a ser controlado, mas o major Guido explicou que a mudança do vento Nordeste para Sul fez surgir novos focos. - O vento forte torna difícil o controle - relatou. Havia cinco focos principais, sendo que um deles se estendia por uma linha de 1,5 quilômetro de extensão. O diretor da Habitasul, Péricles Roussenq, estimava que o prejuízo não fosse total. - O Pinus eliotti se recupera com facilidade, apesar de haver mudança no planejamento florestal - frisou. Ele acrescentou que ao atingir as árvores, a situação ficou mais complicada porque as chamas subiam e jogavam bolas de fogo a até 200 metros de distância. (CP, 11)