Mazelas da monocultura do eucalipto retratadas no FSM
2005-01-31
Uma exposição fotográfica desviou a atenção de quem circulava pelos pavilhões no Cais de Porto Alegre no Fórum Social Mundial, que se encerra hoje (31/1). Ela mostrava o resultado do trabalho do fotógrafo da ONG holandesa Carbon Trade Watch, Tamra Gilbertson com depoimentos perturbadores da realidade perversa nas comunidades atingidas pela monocultura do eucalipto promovida pela Aracruz Celulose no Espírito Santo.
Diz uma das legendas: - O eucalipto foi regado de sangue, diz seu
Antônio, principal testemunha dos Envenenados por Agrotóxicos e Mutilados da
Motossera. Outra: protesto dos Índigenas Tupinikim: - Aracruz celulose roubou
nossas terras. Segundo a exposição, a empresa teria, no final dos anos 1960, valendo-se de uma visão forjada de que não havia índios no Estado, para se intalar na região.
Conforme a FASE, ong local e promotora do evento, plantações de eucaliptos seriam responsáveis por um longa lista de degradação ambiental, incluindo contaminação da água e do solo pelo uso dos agrotóxicos, desviamento do curso de águas, poluição do ar, em alguns casos, com danos irrerversíveis, como mostram algumas fotografias de crianças e adultos queimados, mutilados e com problemas crônicos respiratórios, além de atingirem espécies de animais e plantas. E o pior de tudo, retratado em quase todos os trabalhos, o refelxo de todos esses fatores afetando a vida humana, principalmente nas comunidades rurais.