Antártica assiste ao perigo do degelo por águas quentes
2005-01-27
De um aeroplano, a 500 pés de altitude, é possível perceber os danos que a elevação da temperatura vem trazendo às geleiras da Antártida. Sob a superfície de gelo, profundas mudanças estão acontecendo, e a um ritmo acelerado. A água derretida está penetrando cada vez mais fundo nas cavidades dos blocos de gelo, enfraquecendo imensas e aparentemente impenetráveis formações de gelo que levaram milhares de anos para se formar.
Cientistas do British Antarctic Survey reportaram, em dezembro último, que em algumas partes da Península Antártica, está havendo um crescimento notável de vegetação, onde antes existia apenas gelo.
Segundo o Dr. Robert Thomas, glaciologista da Agência Espacial Norte-americana (NASA), autor deum recente artigo sobre a aceleração do aumento do nível do mar, de seis formações glaciais analisadas em novembro, no continente antártico, todas apresentaram muita fragilidade em sua estrutura. A relação entre as formações glaciais – esseencialmente, rios congelados – e bancos de gelo – placas finas com gelo protuberante que sai da terra e flutua no oceano – é complicada e não plenamente entendida.
Um estudo recente publicado na Geophysical Research Letters, informa que a taxa de descarga de três impotantes formações glaciais ainda permanece acelerada, desde 2000 a 2003. –O gerlo está se afinando a uma taxa de dez metros por ano na península, com as elevações glaciais, em alguns lugares, tendo caído 124 pés em seis meses, afirma o estudo. (NY Times, 26/1)