Depois de ser uma as atrações do seminário Aproveitamento de Resíduos de Carvão: gerando habitação e preservação ambiental, promovido pela CGTEE, a permacultura ganha o público internacional que veio a Porto Alegre para o Fórum Social Mundial.
Em vários locais do evento pode-se conhecer o trabalho desenvolvido pelo Instituto de Permacultura do Pampa (IPEP). Lá foram construídas com fardos de palha oito salas, todas com telhado verde (também chamado de telhado vivo) e reboco natural, em frente ao Monumento das Cuias. Despesas reduzidas, maior isolamento térmico e acústico e economia de energia estão entre as vantagens das construções.
O permacultor João Rockett, fundador do IPEP, explicou os princípios e motivações da técnica, que possibilita a construção de casas populares e ambientalmente corretas com baixo custo. - Como sobreviver neste planeta sem exclusão social e sem impactar o meio ambiente? A permacultura é uma possibilidade, diz Rockett. Segundo ele, a técnica abrange a bioarquitetura, segurança hídrica, geração de energia renovável e produção de alimentos limpos, levando sempre em conta a sustentabilidade econômica e ambiental dos projetos.
Ao contrário do que se pensa, Rockett garante a alta resistência das casas ecológicas erguidas sob os preceitos da permacultura. O telhado verde, por exemplo, feito a partir de postes reutilizados que a companhia de energia elétrica do estado descarta e bambu, pode receber uma carga de mais de 300 quilos por metro. O IPEP tem sede em Bagé, onde realiza cursos de ecoconstruções com duração de 10 dias. Maiores informações e inscrições podem ser feitas através do site www.permacultura.org.br/ipep ou pelo telefone (53) 241-0665.