Biólogo pede a conclusão de obras de despoluição na Lagoa (RJ)
2005-01-26
A mortandade de peixes na Lagoa só vai acabar quando a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) concluir as obras de despoluição, segundo o biólogo Mário Moscatelli. Ele afirma que também é preciso retomar o projeto com os pescadores para que eles retirem os peixes antes que morram. Somente no dia 24 de janeiro foram retiradas 7,1 toneladas de peixes mortos da Lagoa. No fim de semana, segundo o coordenador de Projetos de Resíduos Especiais da Comlurb, Mauro Wanderley Lima, foram recolhidas 10,4 toneladas de peixes nas margens da Lagoa e na Praia de Ipanema. Na Barra da Tijuca o total foi de três toneladas de peixes no sábado e domingo. Na segunda-feira (24/1) não houve mortandade de peixes.
Prefeitura cederá projeto para prolongar canal
Depois de se reunir com técnicos da área ambiental, o secretário estadual de Meio Ambiente, Luiz Paulo Conde, informou que pedirá à governadora Rosinha Garotinho a liberação de R$ 26 milhões para as obras de prolongamento do canal do Jardim de Alá, solução mais recomendada para aumentar a renovação de água da Lagoa e evitar novas mortandades. Para executar a obra, o governo do estado precisa, além da verba, que a prefeitura do Rio ceda o projeto elaborado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), de Lisboa.
A Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla) alega que a alta temperatura da água e a maré baixa, que dificulta a renovação da água, são os principais fatores para a mortandade. (O Globo 25/1)