A empresa Águas Argentinas, concessionária espanhola de águas instalada na Argentina, não descarta que o Estado se converta em seu sócio. A empresa, do grupo Suez, é a mais importante concessionária de águas no território argentino. Esta é uma das pretensões do governo do presidente Néstor Kirchner em uma dura negociação que está mantendo com a concessionária.

Segundo uma fonte da empresa, todas as alternativas estão sendo avaliadas, inclusive a posição do ministro da Planificação, Júlio de Vido, quando ele se referiu a que possíveis investimentos no Estado sejam feitos na empresa.

Diferentemente da semana passada, quando as partes sentaram-se para negociar, em Paris, os termos da relação contratual, ontem (25/1) a empresa manifestou maior predisposição a evitar a rescisão do contrato, uma possibilidade em que se trabalhou firmemente nos últimos dias. Um dos ingredientes que pesam nas discussões é a dívida que a Águas Argentinas tem, de US$ 650 milhões, por ter contraído financiamentos de órgãos internacionais. Pelo acordo que a empresa firmou com o governo no dia 11 de maio do ano passado, ela se comprometia a fazer investimentos neste ano sem aumentar as tarifas, mas isto expirou em 31 de dezembro último. O compromisso da Águas Argentinas era de investir 240 milhões de pesos em 2004. (Clarín, 26/1)