Aumenta mortandade de peixes na Lagoa Rodrigo de Freitas (RJ)
2005-01-25
A mortandade de peixes que começou sexta-feira (21/1) na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, aumentou, estendendo-se por vários trechos, principalmente na altura do Parque Piraquê e do Corte do Cantagalo. No sábado, a Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla) recolheu, com o auxílio da Comlurb, cerca de 120 quilos de peixes mortos.
De acordo com a Serla, a mortandade foi provocada pelo acúmulo de peixes e pela alta temperatura da água, por volta de 30 graus. O fenômeno, comum na época do carnaval (repetiu-se em 2000, 2001 e 2002), deu uma trégua no ano passado, quando houve mortandade apenas na Lagoa de Marapendi, na Barra da Tijuca.
Os técnicos acreditam que o fenômeno será interrompido com a cheia da maré e a conseqüente renovação da água da lagoa.
Pescadores que trabalhavam no local na tarde de ontem confirmam que a mortandade aconteceu devido à falta de oxigênio na água. – Depois da desova da tainha, no meio do ano, a lagoa fica superlotada de peixes. Se o canal do Jardim de Alah fica fechado, eles não conseguem ir para o mar. Isso, associado ao calor que fez semana passada, causou a mortandade, explicou Gerber Martins, 59 anos, que pesca no local há 28 anos. (JB 24/1)