Depois da explosão e multa, Revap responde dúvidas da população
2005-01-25
A emissão de fumaça preta para a atmosfera, registrada na tarde do último dia 15 de janeiro, seguida de explosão e incêndio, resultaram na aplicação de uma multa para a Refinaria Henrique Lage, a Refinaria do Vale do Paraíba (Revap). A unidade da Petrobras, localizada em São José dos Campos (SP), foi autuada pela Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (Cetesb) em 5.001 UFESPs - Unidade Fiscal do Estado de São Paulo. Isto corresponde a R$ 66.513,30.
A causa do acidente foi um vazamento no selo de uma bomba em área de transferência de gasolina. A Petrobras, por exigência da Cetesb, terá que fazer um relatório sobre as causas do acidente e detalhar as medidas a serem adotadas para evitar novas ocorrências.
Ontem (24/01), representantes da Revap responderam a diversas perguntas formuladas pela população local a respeito dos impactos ambientais do seu projeto de ampliação, que está em fase de licenciamento ambiental. As perguntas foram intermediadas pela redação do Jornal Valeparaibano, de circulação local.
Uma das questões diz respeito às emissões de dióxido de carbono. O projeto de ampliação da refinaria prevê a redução das emissões de enxofre, conforme está descrito no respectivo EIA-RIMA. Contudo, para a consecução do empreendimento, a refinaria vai continuar produzindo mais dióxido de carbono, que é o principal responsável pela emissão de gases de efeito estufa, que causam o aquecimento global. Segundo a Revap, a empresa busca mecanismos de desenvolvimento limpo (como compra e venda de emissões, por exemplo) para poder se adaptar ao Protocolo de Kyoto, do qual o Brasil é signatário. Assim, até 2010, a participação de fontes renováveis no total do consumo energético próprio da Petrobras deverá ser de 10%.