Equipe analisa obra de PCH em Corupá (SC)
2005-01-24
O Consórcio Quiriri fará parte do processo de análise do projeto de construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH). O projeto é constituído por um conjunto de empresas que pretende instalar o empreendimento na cachoeira da Bruaca, na localidade de Ribeirão dos Correias, no interior de Corupá (SC). O Consórcio do Quiriri é composto dos municípios de Corupá, São Bento do Sul, Rio Negrinho e Campo Alegre. O convite foi feito ontem pelo diretor de controle da poluição da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), Luiz Antônio Garcia Corrêa, ao prefeito de São Bento do Sul, Fernando Mallon, depois de vistoriar, com mais quatro técnicos, a área da cachoeira da Bruaca. O projeto de construção da PCH, que vai aproveitar a água da cachoeira da Bruaca, em Corupá, que tem 96 metros de queda, foi apresentado em dezembro do ano passado pela empresa Corupá Energia Elétrica, composta por um grupo de empresas do Estado. A empresa retiraria a água do rio Bruacas e, através de dutos, aproveitaria para a geração de energia, devolvendo a água 400 metros abaixo da cachoeira.
Apesar do projeto ter sido licenciado pela Fatma, há manifestações contrárias à construção da PCH. Uma delas é a do ambientalista Germano Woehl Junior, do Instituto Rã Bugio, de Guaramirim. Ele conseguiu a suspensão da licença, em 17 de dezembro de 2004.
Segundo o diretor de controle da poluição da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), Luiz Antônio Garcia Corrêa, a Licença Ambiental Prévia (LAP) e a Licença Ambiental de Instalação (LAI) foram suspensas devido à necessidade de avaliação aprofundada do projeto, já que faltavam informações técnicas sobre o empreendimento. A complementação dos documentos necessários será feita por Corrêa e mais equipe técnica, composta por engenheira, geógrafa e bióloga. Uma das primeiras providências foi a realização de uma vistoria. - Também levaremos o projeto ao conhecimento da população, destaca Corrêa.
Até o final do mês, a equipe decide se cancela definitivamente a licença, se pede mais informações à empresa responsável ou se autoriza a continuidade do projeto. Antes, no entanto, Corrêa quer que os integrantes do Consórcio Quiriri conheçam o projeto da PCH e participem da avaliação da viabilidade do empreendimento. (Jornal A Notícia, 21/01)