PEA faz apitaço contra uso de peles no SP Fashion Week
2005-01-21
A ONG Projeto Esperança Animal (PEA) realiza no dia 22 (sábado), a partir das 14 horas, um protesto contra o uso de peles de animais durante a SP Fashion Week, em frente ao Pavilhão da Bienal no Parque do Ibirapuera. O evento tem a finalidade de conscientizar a população de que o uso de peles de animais na indústria da moda é uma prática cruel, retrógrada e desnecessária.
Quatro ativistas da PEA, vestidas com biquínis, serão caracterizadas como alguns animais que geralmente são as vítimas da moda: felinos, coelhos, focas e chinchilas. Estas ativistas carregarão cartazes contra o uso de peles de animais e incentivarão o público a aderir a um abaixo-assinado contra a matança de um milhão de filhotes de focas (com menos de 12 dias de vida) no Canadá em 2005. Suas peles são retiradas e usadas pela indústria da moda. O abaixo-assinado será enviado pela PEA ao governo canadense.
Não à morte e sofrimento
Nos desfiles do Rio Fashion Week 2005, várias marcas usaram peles de coelhos e raposas. - Os estilistas brasileiros são muito talentosos e não precisam copiar a atrocidade de usar peles em seus desfiles, como alguns designers internacionais fazem em todas as suas coleções . A moda, principalmente no Brasil, deveria ser divertida, alegre, para cima, jamais poderia ser associada ao sofrimento e à morte. Fica até ridículo usar peles em um país de temperaturas tão amenas como o Brasil. Mesmo no hemisfério norte, onde o frio é extremo, já estão disponíveis tecidos de alta tecnologia que combatem com mais eficiência as baixas temperaturas. Queremos que a população brasileira diga não ao uso de peles de animais, diz a vice-presidente da PEA, Ana Gabriela Toledo.
Cerca de 30 dos mais de 700 ativistas da PEA foram convocados para o protesto. Eles soarão apitos e carregarão faixas, além de distribuírem panfletos contra o uso de peles de animais. Cartazes mostrarão os animais vivos e suas carcaças depois de terem sido esfolados. Algumas espécies são criadas em cativeiros, inclusive no Brasil, e vivem em péssimas condições. O abate destes animais, geralmente com menos de doze meses de idade, é igualmente cruel. Outras espécies são retiradas de seus habitats naturais. Embora a caça seja proibida no Brasil, há inúmeros relatos de caça ilegal de animais e comércio de peles no Norte e Nordeste, já que o governo brasileiro não têm funcionários suficientes para a fiscalização.