Um caminhão derramou mais de 25 mil litros de óleo vegetal em um córrego, localizado a 61 quilômetros da unidade de captação da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) de Telêmaco Borba. O óleo vazou durante toda a madrugada do dia 19 e seguiu pelo córrego, às margens da BR-376, que deságua no rio Imbaú, um dos principais afluentes do rio Tibagi. O vazamento não irá prejudicar a qualidade da água consumida na região, porém causará a morte de peixes e afetará partes da mata ciliar.

Segundo o gerente em exercício da unidade da Sanepar, Marcos Roberto Passos, por ser biodegradável o óleo não oferece riscos ao processo de tratamento. – A qualidade da água será a mesma, diz. Por outro lado, os danos ambientais foram considerados graves. O responsável pela operação realizada pela Polícia Florestal, tenente Dias, ressalta que a partir de hoje os peixes já devem começar a aparecer mortos no córrego e no rio. – O acidente compromete a qualidade do meio ambiente, afirma. A polícia informou que não há estimativas de quando os danos serão recuperados.

O motorista levava a carga com 30 mil litros de Cambé para Araucária, na região metropolitana de Curitiba. Ele parou em um posto de combustíveis apenas para a realização de reparos elétricos. Quando saiu, enroscou o pára-choque – acoplado ao cano de saída do óleo – em uma elevação no estacionamento e rompeu o tanque. Serragem foi espalhada em parte do pátio do posto para evitar que o óleo escorresse para a rodovia.

Equipes da Polícia Florestal de Ponta Grossa já coletaram amostras da água e enviaram para o laboratório do Instituto Ambiental do Paraná. O laudo deve ser divulgado em uma semana. Todos os envolvidos – a empresa que vendeu, a que comprou e a transportadora – serão autuados. A Lei de Crimes Ambientais prevê uma multa que varia de R$ 500 a R$ 50 milhões. (Gazeta do Povo/PR 20/1)