Pilhas asiáticas oferecem risco à população, diz especialista
2005-01-20
O que pode ser bom para o bolso pode ser muito prejudicial à saúde. Vendidas principalmente nos camelôs e nas lojas de R$ 1,99, as pilhas baratas, mais conhecidas como pilhas asiáticas, podem carregar teores de metais pesados como cádmio, chumbo e mercúrio, até sete vezes maiores do que o permitido pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).
O alerta é do o especialista em resíduos tóxicos, Júlio Carlos Afonso, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que destaca ainda que as pilhas asiáticas vazam com facilidade um ano e meio antes do prazo de validade, porque a blindagem que envolve a pasta onde ocorrem as reações químicas geradoras de corrente elétrica é feita de papelão, e não de aço.
Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Santos (SP), a importação dessas pilhas deveria ser proibida e as autoridades portuárias deveriam ser mais atuantes nessa área. O órgão garante que não tem poder de fiscalização e procura trabalhar com a conscientização, distribuindo folhetos principalmente em lojas de grande porte, como supermercados, e fazendo visitas periódicas. (A Tribuna 19/1)