Restos de construção estão às margens da RS 389
2005-01-20
Uma empresa particular de remoção de caliça está depositando resíduos de material de construção em um terreno às margens da RS 389, junto ao trevo de acesso a Xangri-Lá. Conforme a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), o depósito é irregular por não ter licença ambiental. Contudo, não é o único existente no Litoral Norte. Algumas pessoas de baixa renda catam madeiras e outros materiais neles depositados para a construção de barracos. Para a empresa, resta apenas o chamado lixo rico, como tijolos e cimento, que pode ser reciclado.
Segundo o coordenador-geral da Fepam no Litoral Norte, Mattos Alem Roxo, a responsabilidade com a destinação do resíduos é do gerador. Ele alerta que o material deveria ser dividido em três contêineres. Um deles apenas com tijolo, reboco e outros materiais que podem ser reciclados. Outro, para acomodar latas de tinta, pincéis usados e latas de solvente, já que esses materiais devem ser encaminhados para um aterro de resíduos perigosos. O terceiro seria destinado a materiais sem utilidade, como o gesso, podendo ficar em aterros comuns.
O descarte irregular pode provocar contaminação do lençol freático e aumentar a proliferação de ratos. Roxo salienta ainda que os entulhos facilitam a ocorrência de incêndios, podendo se alastrar pelo mato. A Fepam trabalha junto aos municípios para que não concedam alvará de funcionamento a empresas que não tenham licenciamento ambiental. - Estamos conversando com as prefeituras para que colaborem nesse trabalho, disse ele. (CP, 8)