Eternit abrirá suas portas para defender o uso do amianto crisotila
2005-01-20
A fabricante de telhas e caixas dágua de fibrocimento, Eternit, juntamente com a sua subsidiária Sama Mineração de Amianto, vão iniciar ainda em janeiro o Programa Portas Abertas. O objetivo é oferecer todas as informações necessárias à sociedade, para demonstrar a utilização do amianto crisotila de forma controlada e responsável, visando derrubar os mitos existentes em relação à matéria-prima.
O ponto principal do programa será a realização de visitas às cinco unidades produtivas do Grupo - Anápolis (GO), Colombo (PR), Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ) e Simões Filho (BA) - e à Sama, localizada em Minaçu, norte do Estado de Goiás. Nessa programação, os participantes podem conhecer como funcionam a extração e o beneficiamento do amianto crisotila, na mineração e na fabricação dos produtos de fibrocimento.
- Queremos demonstrar que a segurança dos nossos processos é assunto prioritário em toda a companhia, garantida por normas rígidas e iniciativas da empresa e de seus trabalhadores, afirma o presidente do Grupo Eternit, Élio A. Martins. - Além da adesão ao acordo tripartite para o uso controlado e responsável do amianto crisotila, assinado por representantes da mineração, da indústria de fibrocimento e trabalhadores, e depositado no Ministério do Trabalho, adotamos rigorosos controles internos que buscam eliminar a possibilidade de risco à saúde, garante ele.
Na primeira fase do Programa Portas Abertas, 1.500 convites estão sendo enviados para autoridades, investidores, imprensa, entidades e órgãos ligados ao mercado de capitais, mineração, meio ambiente, universidades e outras entidades de ensino. Além disso, a empresa envolverá as comunidades das regiões onde possui unidades instaladas.
Riscos ocupacionais
Durante as visitas que serão feitas às instalações, os participantes receberão informações sobre a atuação das empresas do Grupo Eternit e questões como amianto/saúde, os diferentes tipos de amianto e a legislação que regulamenta a atividade, considerada a mais rígida do mundo sobre o tema (Lei 9055/95, Decreto 2350/97 e Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho).
Essas informações demonstrarão aos interessados que os eventuais riscos apresentados pelo amianto crisotila são ocupacionais, ou seja, estão restritos aos trabalhadores da mineração e do setor de transformação, onde as tecnologias de proteção utilizadas permitem o uso do amianto crisotila de forma controlada e responsável. A legislação, por exemplo, dá poderes aos trabalhadores, através das comissões de fábrica, para fiscalizar o ambiente de trabalho e até mesmo determinar a suspensão da produção em eventuais situações emergenciais.
- As empresas do nosso Grupo foram as primeiras do mercado a implantar medidas de controle efetivo, como o trabalho a úmido, a instalação de filtros e o uso de máscaras respiratórias pelos trabalhadores. Como conseqüência, não constatamos nenhum caso de doenças relacionadas ao amianto entre os trabalhadores admitidos a partir de 1980, esclarece Élio Martins. - Também não há registro, na literatura médica e científica, nem mesmo na Organização Mundial da Saúde (OMS), de que a população brasileira tenha contraído qualquer doença em função do uso de telhas e caixas dágua de fibrocimento com amianto, conclui.