Questões sobre o PFOA começaram com a morte de gado
2005-01-19
– O fato é que a substância química cm propriedades não aderentes acumula-se no organismo, e isso não era esperado pelas pessoas, disse Charles Auer, diretor da unidade da EPA da área de Prevenção da Poluição e Tóxicos.
Os críticos dizem que a falta de conhecimento sobre o PFOA e substâncias químicas correlatas – chamadas compostos perfluornatados – expõe um sistema onde os reguladores ambientais recaem altamente sobre as companhias que lucram com substâncias químicas industriais, fazendo soar alarmes sobre a segurança das mesmas. Questões sobre os potenciais efeitos à saúde humana e ao meio ambiente não são levantados até anos depois que a substância está introduzida no mercado.
A longa e principalmente misteriosa história do PFOA começou a ser solucionada em uma corte da Virgínia Ocidental, onde uma família de Parkersburg passou a fazer perguntas, no final dos anos 90, sobre uma misteriosa doença que consumiu o seu gado.
Jim and Della Tennant suspeitavam que a culpa poderia estar oculta em um riacho coberto de espuma que fluía por uma área de aterro da DuPont landfill, perto da planta de Teflon, antes de as águas se espalharem pelos pastos da família, onde o gado se alimentava. Sua ação finalizava com uma compensação monetária que impedia assinalar a culpa pelas vacas mortas, mas a batalha legal trouxe à tona um tesouro de documentos sobre o ácido perfluoroctanóico (PFOA). (Los Angeles Times, 19/1)