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2005-01-19
A Baesa de quem os agricultores atingidos tentam arrancar o máximo de dinheiro e sob fogo cerrado de ambientalistas é uma ficção jurídica e financeira. Seu nome de fantasia existe apenas na junta Comercial de Porto Alegre. A sigla esconde um consórcio de empresas criado em 2001 para construir a Usina de Barra Grande.
Este tipo de engenharia financeira e política é comum no mundo das grandes corporações. Ele protege a imagem dos verdadeiros donos contra alguns riscos da empreitada, em especial arranhões na responsabilidade social e danos ambientais.
A face conhecida da Baesa são alguns escritórios na região das obras, os carros com o logotipo e uma bem azeitada máquina de propaganda - assim, quem critica a empresa fica falando sozinho.
A cabeça do consórcio Baesa é a multinacional Alcoa, com 42 % do capital. A segunda maior do balaio é a CPFL, com sede em São Paulo, dona de 25%. Este gigante da energia foi americano por décadas, até ser estatizado com dinheiro público. Em 1997, foi desestatizado à brasileira - privatizado com prejuízo para o erário.
A privatizada CPFL, por sua vez, pertence a outro consórcio. Alguns proprietários deste consórcio dentro do consórcio CPFL são também integrantes do consórcio Baesa. Entendeu? Aqui vão dois exemplos: a Votorantim e a construtora Camargo Corrêa têm parte no consórcio CPFL (que tem parte na Baesa), mas também têm parte do consórcio Baesa. Mais claramente: Voto e Camargo têm duas fatias do mesmo bolo.
Falta a cobertura de chocolate: Voto e Camargo são sócios do Bradesco numa das fatias da CPFL, mas não no da Baesa. E uma cereja: todos são sócios de fundos, aqueles sacos de dinheiro onde não se conhecem os CPFs / CGCs dos investidores.
Difícil de entender as razões de tanta volta, mas a trilha de dinheiro & participações está documentada nos sites www.baesa.com.br, www.alcoa.com.br e www.cpfl.com.br.
Fácil de entender são iniciativas de marketing, como uma da Alcoa. Em junho de 2003, seu presidente, Alain Belda, plantou em Minas Gerais a primeira de 10 milhões de árvores que devem ser plantadas até 2020 - revelando uma exemplar preocupação com o meio ambiente.
Assim, enquanto a Alcoa, Votorantim, Camargo Correia, CPFL, Bradesco e parceiras minoritárias aparecem como empresas sérias que cumprem seu papel social e respeitam o ambiente, a opinião pública se revolta contra a maldita Baesa, aquela empresa que briga com pequenos agricultores e derruba árvores nas barrancas do Rio Pelotas. (Renan Oliveira)

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