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2005-01-19
A Usina Hidrelétrica de Barra Grande já custou mais de R$ 1 bilhão, mas ainda não se sabe quando poderá gerar energia. Ela está brigando na Justiça contra ambientalistas que se atravessaram no caminho do progresso para impedir a derrubada de um matagal nas barrancas do Rio Pelotas, lá na divisa do Rio Grande com Santa Catarina. Enquanto o verde estiver de pé a usina não pode cumprir seu cronograma de acionar a primeira turbina em outubro. Qualquer atraso e ela deixa de faturar na venda de energia, embora isso não afete o sistema nacional nem produza risco de apagão.
O problema começou quando se descobriu o matagal. Foi em junho, depois da obra pronta. É uma floresta de araucárias bem no meio da área que seria alagada para formar o lago da barragem - ele tem que ser feito porque é a força da água represada que aciona as turbinas de energia elétrica. As araucárias no meio do caminho da grande obra de engenharia são uma criação da natureza. Como a espécie está hoje ameaçada de extinção, recebeu a proteção da lei dos homens (Decreto Federal 750/93). Aquele matagal, então, era nada menos do que um patrimônio nacional, com o status legal de inderrubável.
Mas se a Amazônia que é vigiada por satélites e dodói dos ecologistas do mundo todo está sendo devorada pelas beiradas, imagine as araucárias perdidas nos grotões cataúchos: a proteção delas está só no papel. Todos que se debruçam sobre o caso de Barra Grande percebem que o verde já perdeu a batalha. Entre as necessidades de energia do país e as leis de proteção do verde, o Governo Lula preferiu entortar a lei. Apóia a Baesa, empresa de fantasia que encabeça o consórcio de construtoras concessionárias da usina.
Nenhum dos envolvidos nas decisões sequer cogitou de desistir da obra, até porque seria perder o que já foi investido, Baesa e governo assinaram então um acordo, com o aval do Ministério Público Federal, em setembro. (Renan Antunes de Oliveira)

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