Lixo toma conta da área do FSM
2005-01-18
Faltando menos de dez dias para o início da quinta edição do Fórum Social Mundial (FSM), em Porto Alegre, o lixo acumulado e o mau cheiro fazem parte da área junto à orla do Guaíba onde os trabalhadores instalam as tendas brancas que formarão o Território Social Mundial. Nelas ocorrerão os principais eventos. No entorno do Anfiteatro Pôr-do-Sol, é fácil visualizar no gramado sacos plásticos, garrafas, preservativos e excrementos. Nas proximidades de onde desemboca o Arroio Dilúvio, o mau cheiro chama a atenção de quem caminha ou anda de bicicleta. Às margens do Guaíba, o lixo está acumulado e faz divisa com uma crosta preta que bóia na água.
- Sabemos que naquela área há de tudo, até ratos, admitiu o titular da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), Beto Moesch. Segundo ele, a Smam e a coordenação do FSM formaram uma equipe para evitar e minimizar o impacto da realização do Fórum. Ele disse que a idéia é realizar mutirões de limpeza antes e durante o evento. Mas, por enquanto, ainda não existem ações agendadas. Enquanto isso, os trabalhadores continuam a instalar as tendas.
Segundo Moesch, a tendência é que a realização do FSM tenha conseqüências sobre as águas e os parques Marinha e da Harmonia. - Como é impossível voltar atrás, tentaremos minimizar os impactos, com ações de educação ambiental, por exemplo. Quanto ao Dilúvio, considerou-o como uma vergonha porto-alegrense. A Smam estuda a hipótese de instalar uma rede sob a ponte que marca o encontro das águas do arroio com as do Guaíba para barrar os dejetos. (CP, 9)