Segundo o jornal, isto complica os planos do governo argentino de evitar uma nova crise energética, como a do ano passado, diante de um grande aumento da demanda por gás.
O gasoduto de San Martín é operado pela Transportadora de Gás do Sul (TGS), controlada pela Petrobras e a Enron, que já deveria ter eleito um consórcio encarregado pela ampliação.
Fontes do jornal informaram que a TGS pediu que o governo interceda juntamente a construtoras ou defina novos passos. As obras, inicialmente estimadas em US$ 285 milhões, serão financiadas por um fideicomisso (espécie de consórcio) formado pelo BNDES, fundos da TGS, do Estado Argentino e de um grupo de petroleiras estrangeiras.
Para fazer as obras com crédito do BNDES, as construtoras Techint e IECSA formaram um consórcio do qual também participam as brasileiras Odebrecht e Camargo Correa.
As ofertas foram maiores que o volume orçado pela TGS, que confia agora na atuação da Secretaria de Energia como intermediadora do negócio.
A ampliação do gasoduto de San Martín foi acertada em novembro do ano passado entre o governo e a TGS. As obras deverão aumentar a capacidade do gasoduto em 2,9 milhões de metros cúbicos diários de gás natural para atender a demanda de indústrias instaladas em Buenos Aires e arredores. (O Globo 17/1)