Simulador da Terra permitirá a britânicos predizer mudança climática
2005-01-17
Nos últimos 20 anos, cientistas de todo o mundo estiveram usando grandes modelos matemáticos do sistema climático da Terra rodando em computadores para predizer o curso de uma das mais graves ameaças que o planeta já conheceu: o aquecimento global. Agora, pesquisadores britânicos construíram tal grande modelo. Ele é tão ambicioso que é capaz de advertir a respeito de surpresas – de repente, lapsos desastrosos na mudança climática que não havia, sido previstos, mas que poderiam oprimir qualquer preparação defensiva para o aquecimento global.
O modelo irá, certamente, fazer previsões mais acuradas sobre como a atmosfera irá se aquecer durante o próximo século, e sobre como o clima deverá mudar, com eventos climáticos mais extremos, como furacões e chuvas violentas. Mas ele é tão grande que não pode rodar em nenhum computador na Grã-Bretanha; pode ser operado somente em um supercomputador gigante em Yokohama, chamado O Simulador da Terra. Tudo sobre este maior supercomputador do mundo, quando estava sendo construído, há alguns anos, e que ainda é a maior máquina deste tipo no mundo, é impressionante.
Ele necessita de uma área do tamanho de quatro quadras de tênis para armazenar seus 5.120 processadores e que tem a velocidade de 36 teraflops, ou 36 trilhões de pontos operacionais por segundos.
Na próxima quarta-feira (19/1), em Tóquio, o secretário de Assuntos Estrangeiros, Jack Straw, lançará a cooperação de cinco anos entre Japão e Tóquio para o estudo científico da mudança climática, o que permitirá ao Simulador da Terra rodar o novo modelo de clima (supervisionado pelo grupo de seis cientistas britânicos que irão se mudar para o Japão) e colocará a Grã-Bretanha na fronteira em termos de previsão das questões climáticas.
Modelos climáticos estão atrás de todas as horríveis previsões científicas sobre o aquecimento global feitas nos últimos 15 anos. Cerca de 30 deles foram construídos em instituições científicas, e calculam a taxa na qual o planeta será prejudicado em função da crescente emissão de gases residuais, como o dióxido de carbono (CO2), que retém o calor do sol na atmosfera, como uma estufa. (The Independent, 17/1)