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Exame médico aponta câncer em ex-funcionário da Shell
2005-01-14
Exames médicos confirmaram leucemia e câncer na medula no ex-trabalhador das fábricas da Shell Brasil Ltda. e da Basf do Brasil S.A., em Paulínia (126 km a noroeste de São Paulo), Nivaldo Janasco, 55. Ele alega que a doença foi contraída por ter trabalhado durante 25 anos nas multinacionais fabricando agrotóxicos. O diagnóstico saiu em dezembro, após uma bateria de exames realizados no Hospital Celso Pierro, da PUC-Campinas.
Outros 844 ex-trabalhadores da Shell e da Basf expostos à contaminação química passam por exames médicos e laboratoriais. Além dos ex-funcionários, cerca de 220 moradores de 66 chácaras que ficam nas imediações de onde funcionava a fábrica da Shell foram à Justiça por indenizações. – Tudo que quero agora é um plano de saúde que cubra os gastos que tiver, diz Janasco. O ex-funcionário está internado desde segunda-feira e recebe tratamento de quimioterapia.
A Shell Química fabricou agrotóxicos em Paulínia entre 1975 e 1993. Ele trabalhou na área agroquímica da Shell de 77 a 95. A agroquímica da Shell foi incorporada pela Cyanamid Química em 1995. Em 2000, a Basf assumiu a Cyanamid. Janasco permaneceu nas empresas até o fechamento da Basf em Paulínia, em 2002. Ele move um processo contra as empresas por danos morais. Em setembro do ano passado, a Justiça do Trabalho deu uma vitória inédita a ele. As duas empresas foram condenadas a pagar R$ 1.922,36 por mês ao ex-funcionário até o julgamento do caso.
Essa foi a primeira vitória com pedido de tutela antecipada que um ex-funcionário da Shell e da Basf de Paulínia conseguiu na Justiça em razão de problemas de saúde, segundo informou o Sindicato dos Químicos do Estado. A Shell e a Basf recorrem da decisão.
Outro lado
A Shell e a Basf disseram não poder comentar o caso por desconhecer os problemas de saúde de Janasco. A Shell informou ainda que ele passou por avaliações médicas oferecidas pela empresa. A Shell diz que nenhum dos diagnósticos recebidos se referia a doença que pudesse estar relacionada com as atividades de trabalho desenvolvidas na Shell. (FSP 13/1)
Outros 844 ex-trabalhadores da Shell e da Basf expostos à contaminação química passam por exames médicos e laboratoriais. Além dos ex-funcionários, cerca de 220 moradores de 66 chácaras que ficam nas imediações de onde funcionava a fábrica da Shell foram à Justiça por indenizações. – Tudo que quero agora é um plano de saúde que cubra os gastos que tiver, diz Janasco. O ex-funcionário está internado desde segunda-feira e recebe tratamento de quimioterapia.
A Shell Química fabricou agrotóxicos em Paulínia entre 1975 e 1993. Ele trabalhou na área agroquímica da Shell de 77 a 95. A agroquímica da Shell foi incorporada pela Cyanamid Química em 1995. Em 2000, a Basf assumiu a Cyanamid. Janasco permaneceu nas empresas até o fechamento da Basf em Paulínia, em 2002. Ele move um processo contra as empresas por danos morais. Em setembro do ano passado, a Justiça do Trabalho deu uma vitória inédita a ele. As duas empresas foram condenadas a pagar R$ 1.922,36 por mês ao ex-funcionário até o julgamento do caso.
Essa foi a primeira vitória com pedido de tutela antecipada que um ex-funcionário da Shell e da Basf de Paulínia conseguiu na Justiça em razão de problemas de saúde, segundo informou o Sindicato dos Químicos do Estado. A Shell e a Basf recorrem da decisão.
Outro lado
A Shell e a Basf disseram não poder comentar o caso por desconhecer os problemas de saúde de Janasco. A Shell informou ainda que ele passou por avaliações médicas oferecidas pela empresa. A Shell diz que nenhum dos diagnósticos recebidos se referia a doença que pudesse estar relacionada com as atividades de trabalho desenvolvidas na Shell. (FSP 13/1)
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