Movimentos de Bairros informam agressões ambientais em Porto Alegre
2005-01-14
Para combater a burocracia no acesso às informações sobre o impacto dos empreendimentos nos bairros, os moradores defendem que seja afixada placa em frente ao local da obra, indicando o tipo de projeto, o prazo e a forma de compensação ambiental. Essa é uma das reivindicações do Movimento Porto Alegre Vive. - A cidade está sofrendo agressões porque a legislação ambiental é descumprida e a comunidade nunca é ouvida - disse o representante da entidade, Nestor Nadruz. Ele ressaltou que a liberação das licenças dos projetos de grande impacto ambiental requer tempo para que não haja o descumprimento do Estatuto da Cidade, que prevê estudo dos impactos ambiental e de vizinhança. Segundo Elisabeth Guimarães, do Petrópolis Vive e do Porto Alegre Vive, a intenção é ter uma cidade mais arborizada, respeitando os valores culturais, históricos e ambientais.
O secretário municipal do Meio Ambiente, Beto Moesch, afirma que as compensações dos novos empreendimentos passarão a acontecer perto do local atingido e de forma mais ampla e rígida. A idéia é reduzir o impacto e garantir o estudo ambiental. Entre os planos do secretário também estão o de dar maior poder deliberativo à sociedade para que indique a forma e os locais das compensações e a agilização das licenças. O Sindicato das Indústrias da Construção Civil rebate a ampliação das medidas compensatórias, considerando os índices aplicados suficientes, e prevê a oneração das obras. (CP, 22)