Sindicatos de trabalhadores e o Ministério do Trabalho estão exigindo a investigação da explosão que matou sete trabalhadores da empresa Arranz Acinas, em Burgos, ao norte da Espanha, e feriu gravemente outros cinco. A União Geral dos Trabalhadores (UGT) denunciou que o local armazenava máquinas e combustíveis e não reunia os requisitos para isto. Segundo a empresa, o local era utilizado como vestiário pelos trabalhadores. Fontes da construtora garantiram que ele estava perfeitamente ventilado e que cumpria com todos os requisitos de segurança.
Os trabalhadores do número 2 da Rua Sauce de Burgos, naquela cidade, estavam trocando de roupa para começar a trabalhar numa construção. O incêndio ocorreu pouco antes das 8h30min de quarta-feira (12/1). Ao que parece, o fogo originou-se junto à porta do local, perto de um plástico grudado na parede. O chefe de operações do Serviço Municipal de Incêndios, Rafael Sánchez, confirmou que os mortos faleceram por inalação de fumo de gasolina e poliuretano, uma substância de alta toxicidade ao ser queimada.
As causas do incêndio ainda não são conhecidas. Mas a hipótese mai provável é que, ao manipular as máquinas, tenha-se gerado uma faísca, que serviu de ignição para a explosão, dada a presença de combustível armazenado no local. (El Mundo, 13/1)