Proprietário nega corte irregular de araucárias decoberto em SC
2005-01-13
O filho do proprietário da área onde a Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) constatou a maior derrubada de araucárias nativas na história do Estado, Claiton Mass, afirma que o Ibama autorizou o corte das árvores, que teriam sido plantadas. Ele e um médico, identificado como fiel proprietário das árvores, foram multados em R$ 1 milhão. Mass diz acreditar que ocorreram desmatamentos maiores em anos anteriores. O coordenador regional da Fatma, Régines Roeder, confirmou terça-feira (11/01) a informação que cerca de 2,5 mil árvores nativas foram cortadas. Mass afirma que há uma autorização do Ibama, de 4 de agosto do ano passado, que permite o corte da floresta, que segundo ele foi plantada com interesse comercial.
Roeder garantiu que as árvores retiradas eram nativas, com média de 80 anos. Mass esclarece ainda que a área foi vendida pelo médico ao seu pai, Evandro Mass, e não arrendada. Mass afirma que na primeira vez em que esteve no local, em setembro de 2004, a Polícia Ambiental não teria lavrado auto de infração determinando a paralisação e retirada das árvores cortadas. Segundo Roeder, foi feito um auto de embargo do corte das árvores e de apreensão, ou seja, o material não poderia ter sido retirado. Mass lembra que a determinação da policia ambiental foi acatada. Ele questiona o número de árvores cortadas divulgado pela Fatma, alegando que os técnicos não fizeram contagem.
De acordo com Mass, quando os técnicos chegaram ao local, quarta-feira passada, havia apenas cinco trabalhadores cortando lenha de reaproveitamento para o consumo próprio e não cortando pinheiros araucária, conforme divulgado, e que os funcionários não foram ameaçados. (Diário Catarinense, 12/1)