Uso de DDT após tsunami pode salvar ou piorar a situação?
2005-01-13
O mosquito da malária é uma ameaça real no sul da Ásia, após a imensa destruição provocada pelo tsunami, no final do ano passado. O abalo ao sistema de saneamento provocado pelo desastre desencadeou problemas muito sérios na área da saúde pública. Alguns analistas já falam que a aplicação de DDT (diclorodifenil tricloroetano) pode ser uma saída para o combate da malária, ressaltando que o mosquito transmissor da doença mata 20 vezes mais pessoas por ano do que o tsunami e está, até agora, vencendo a batalha perante os humanos.
Mas o fato é que os próprios Estados Unidos e outros países ricos estão contra o uso do DDT, dados os seus malefícios à saúde. Alguns pesquisadores acreditam que a proibição do DDT, em alguns países, acirrou a burocracia onde o uso do mesmo não foi proibido, levando a mais perda de vidas por falta de alternativa imediata ao combate da malária. Nos anos 50, 60 e 70, o DDT foi usado para reduzir esta doença em países africanos e asiáticos, e até eliminá-la, no caso de Taiwan. (NY TImes, 12/1)