Rio Grande do Sul tem quatro projetos aprovados pela Fundação O Boticário
2005-01-13
Vinte e seis projetos de conservação da natureza, em diversas regiões do país, acabam de receber o aval para financiamento da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza. As iniciativas aprovadas começam a ser desenvolvidas ainda neste semestre e se juntam à lista de 915 projetos já apoiados pela Fundação, muitos ainda em andamento. O apoio a projetos de conservação ambiental, como pesquisas, ações diretas de proteção e ações educacionais, faz parte de um programa da Fundação O Boticário que, a cada semestre, recebe e avalia propostas enviadas por organizações e entidades de todo o Brasil.
Entre as 224 propostas inscritas, foram selecionadas 26, o que representa investimentos de R$488 mil. São iniciativas de preservação da fauna e da flora que abrangem todos os biomas brasileiros, da Floresta Amazônica à Mata Atlântica. Os projetos aprovados serão implantados em 11 estados brasileiros: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Pernambuco, Amazonas, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Rio Grande do Sul: ecossistemas costeiros
Quatro projetos no Rio Grande do Sul foram aprovados pela Fundação O Boticário. O primeiro, do Grupo de Pesquisa, Manejo e Conservação da Vida vai estudar o status populacional da onça-pintada e de outros mamíferos de médio porte no Parque Estadual do Turvo, um dos poucos locais em que há registro dessa espécie.
O projeto da Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul/FAURGS fará um estudo sobre que animais dispersam sementes de Butia capitata, o Butiá, uma espécie de palmeira. Com isso, pretende-se subsidiar estratégias de conservação da árvore e das espécies dispersoras, responsáveis por sua reprodução.
Já o Grupo de Pesquisa, Manejo e Conservação da Vida Silvestre aborda ações para o desenvolvimento de um plano de manejo para o tuco-tuco-das-dunas, pequeno roedor ameaçado pela caça e pela expansão imobiliária na zona costeira do Rio Grande do Sul. Um outro projeto trata da conservação de aves aquáticas em lavouras de arroz no sul do Brasil. Ambas concorrem pelo mesmo espaço, que são as regiões de várzea, próximas dos leitos dos rios. A pesquisa pretende avaliar os impactos da cultura do arroz sobre a ocorrência tanto das aves residentes do local quanto de espécies migratórias.