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2001-08-28
O volume de resíduos derivados da indústria eletroeletrônica (como partes de carros e de telefones celulares) vem crescendo três vezes mais do que o de lixo doméstico. As estatísticas são da União Européia, e preocupam porque esse tipo de lixo contém substâncias altamente perigosas, como chumbo, mercúrio e cobre. A Alemanha sozinha produz mais de 2 milhões de toneladas de resíduos perigosos por ano. Apenas 10% dessa quantidade são reciclados. O resto vai para aterros ou é incinerado. O lixo eletrônico preocupa porque, além de altamente tóxico, cresce em alta velocidade. O número de telefones celulares é um exemplo. Havia em uso, no mundo, 480 milhões de unidades desses aparelhos. Em 2003, a União Européia calcula que serão quase 1 milhão de unidades. Daqui a dois anos, cerca de 500 milhões de aparelhos celulares serão colocados no lixo todos os dias. Para amenizar esse problema, técnicos do Frauhofen Institute (de Munique, Alemanha) e do governo alemão estão trabalhando para desenvolver modelos mais simples (designs que economizem no uso de matéria-prima usada na produção de celulares). Um grupo de engenheiros, ao mesmo tempo, trabalha para avaliar o impacto ambiental do descarte desses aparelhos. Eles estão elaborando um índice chamado Toxical Potential Indicator (TPI), que consiste em dados modulados que indicam o conteúdo máximo de um determinado componente que pode estar presente na composição de um celular. O TPI leva em conta categorias de risco com base no local provável de descarte do material, considerando as condições ambientais do lugar. Para se ter uma ideia da periculosidade do descarte de um telefone celular, basta ver a composição aproximada de um deles: 29% são plásticos como ABS, 8% outros plásticos, 9% epóxi, 10% polímeros de silicone, 15% cobre, 16% cerâmicas, 3% ferro, 2% polipropileno, 1% níquel, 1% zinco, 1% prata.

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