Cientistas lançam advertência no uso de celulares por crianças
2005-01-12
Pais não devem dar telefones celulares para filhos com oito anos ou de idade inferior. A advertência foi feita nesta terça-feira (11/1) por William Stewart, coordenador do Grupo Nacional de Proteção Radiológica (NRPB). Segundo ele, há uma crescente evidência, nas pesquisas, de que o uso de telefones celulares tem implicações à saúde de crianças, sendo melhor adotar uma medida preventiva.
–Não acredito que possamos colocar nossas mãos no coração e dizer que os telefones móveis são seguros, disse Stewart, em uma conferência na qual lançou um estudo sobre o assunto.–Quando você dá um telefone móvel para uma criança de três a oito anos, isto não pode ser correto, acrescentou.
Uma empresa britânica recentemente lançou um modelo de celular para crianças de quatro a oito anos, mas suspendeu as vendas depois de seus técnicos lerem o estudo de Stewart. Ele concluiu que embora não haja evidência, até o presente, de que a saúde pública tenha sido adversamente afetada pelo uso de celulares, há mais preocupações quanto às implicações para a saúde, hoje, do que há cinco anos, relativamente a este uso, o que foi demonstrado por novos estudos.
Na avaliação do executivo Mike Dolan, diretor da Associaçaõ de Operadoras de Telefonia Móvel, o peso das evidências científicas não sugere que as empresas do setor operando dentro de padrões tecnológicos modernos, possam causar doenças. –As operadoras têm respondido positivamente aos aconselhamentos do NRPB e do governo, disse.
Mas fica a sugestão de recomendar-se o uso de celular por crianças apenas para as que têm mais de 16 anos, e mesmo assim, sugere-se que elas utilizem mais as mensagens de textos, serviço oferecido nos celulares, do que as chamadas convencionais. (Chicago Tribune, 11/1)