Há dez meses, oficiais governamentais da área de segurança advertiram que mais da metade dos 60 mil carros-tanques pressurizados de ferrovias não estavam dentro de padrões de segurança, e levantaram questionamentos sobre a segurança do resto das composições. Suas preocupações, de que os tanques de aço poderiam se romper muito facilmente em um acidente, provaram ser proféticas.
Na quinta-feira (6/1), o descarrilamento de um trem na Carolina do Sul causou um mortal vazamento de cloro: nove pessoas morreram, 58 ficaram hospitalizadas e centenas estão demandando mais tratamento. O nono corpo foi encontrado ontem, e milhares de pessoas tiveram que abandonar seus lares.
No verão passado, um descarrilamento, no Texas, causou a quebra de um tanque de aço, que se abriu, espalhando nuvens de gás cloro que mataram três pessoas. As causas exatas dos acidentes ainda estão sendo investigadas. Mas a devastação que eles causaram mostra por que carros-tanque se tornam uma crescente preocupação não apenas para a segurança dos investigadores, mas também para a segurança de oficiais preocupados com o fato de terroristas poderem levar, nele, armas mortais. (NY Times, 9/1)