Cerca de 4 mil coletivos de até 13 anos de idade poderão continuar circulando até o final de 2005 na Argentina, mas, por lei, eles já deveriam ter saído de operação ao terem completado uma década de uso. A decisão de permitir a continuidade da circulação desses veículos foi tomada em razão da falta de recursos para a renovação das frotas. No entanto, organizações não-governamentais e outros setores da sociedade civil advertem para a o fato de a medida tender a reduzir a qualidade do serviço de transporte, aumentar os riscos de acidentes e provocar mais contaminação ao ar.

A prorrogação foi decidida pela Secretaria de Transporte de La Nación, contrariando a Lei 24.449, segundo a qual os coletivos de transporte de passageiros devem sair de funcionamento ao completarem dez anos de antigüidade. Assim, os modelos de 1992, 1993 e 1994 poderão continuar circulando até 31 de dezembro próximo.

Para Fernando Cano, titular da ONG Ajuda ao Acidentado, adverte que a medida vai aumentar os riscos de acidentes e intensificar a contaminação do ar causada pela emissão de poluentes dos modelos antigos, que não têm tecnologia moderna para um melhor controle de escapamento de gases nocivos ao meio ambiente e à saúde. (Clarín, 6/1)