Depois da devastação, é hora de prevenir doenças epidêmicas
2005-01-07
Equipes de socorro que trabalham no auxílio às vítimas do tsunami do sudeste da Ásia estão advertindo sobre os riscos crescentes da disseminação de doenças epidêmicas na região, principalmente as causadas por más condições de higiene e saneamento. Uma das principais preocupações refere-se à falta de informação, entre populares, sobre cuidados básicos com a saúde. De acordo com o Dr. David Nabarro, líder da Organização Mundial da Saúde (OMS) que lidera a operação de crises na área afetada pelo desastre, há indicativos de que o número de vítimas possa duplicar por causa das doenças que se seguem à devastação ambiental. –A menos que sejam mobilizados fundos urgentemente, mais fatalidade será vista em conseqüência do desastre em si mesmo, disse Nabarro à Associated Press.
Cólera, tifóide e malária estão na lista dos riscos à saúde mais temidos pelos especialistas na área. –É impossível fazer uma previsão como esta, disse Stephen S. Morse, epidemiologista e diretor do Centro de Preparação para Saúde Pública da Escola de Saúde Pública Mailman, da Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque, ao referir-se à extensão dos danos por falta de atenção básica à saúde. De acordo com ele, a OMS está especialmente atenta à potencialidade de doenças infecciosas tornarem-se grandes problemas. Os casos de cólera, por exemplo, poderão levar 12 semanas para chegarem ao seu auge, uma vez detectados, prevêem médicos que, no entanto, acreditam que ps casos de malária possam não ser tão incidentes quanto se teme. (ABCNews, 6/1)