Problema maior na previsão dos tsunamis é saber quando ocorrem
2005-01-07
A colisão entre duas placas tectônicas numa extensão de 600 milhas no noroeste do Pacífico, depois de elas ficarem sem sinal de atividade há muitos anos, não é um fato confortável. Grandes terremotos ocorrem em algum lugar do mundo a cada ano ou dois. Ondas gigantes, geradas por deslizamentos da base do fundo do mar ou por terremotos, são ainda menos freqüentes.
O sismo que abalou o sudeste asiático no dia 26 de dezembro, com magnitude de 9.0, e a onda que matou mais de 150 mil pessoas na costa do Oceano Índico, deixaram o mundo em alerta. Os especialistas nesse tipo de desastre identificam nele algo fora do padrão, algo que eles assinalam nunca terem visto antes. Muitos já estão se deslocando para estudar o fenômeno através de uma espécie de engenharia reversa, ou seja, a partir de seus efeitos. É o caso da equipe do Dr. Costas E. Synolakis, professor de engenharia civil da Universidade do Sul da Califórnia. Uma das grandes incógnitas para os cientistas não é prever a ocorrência desse tipo de desastre. Isto eles até conseguem fazer. No ano passado, o Dr. Phil Cummins, um sismologista australiano, concluiu que uma onda gigante desastrosa seria possível de concretizar-se. O problema é saber quando isto, de fato, se concretiza. (NY Times, 6/1)