Lixão da CRM em Cachoeira do Sul passará por análise do Comdema
2005-01-06
O novo presidente do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comdema) de Cachoeira do Sul, engenheiro Marcelo Drescher, pretende analisar com calma o projeto de geração de energia no aterro sanitário regional, na cava do Iruí, anunciado no final do ano passado pela Companhia Rio-grandense de Mineração (CRM). - Eu ainda não sei qual sistema será utilizado no local para a produção de gás a partir dos resíduos orgânicos - destacou. A idéia da empresa é aproveitar o lixo de pelo menos 40 municípios da região, que será depositado no aterro sanitário. O depósito será implantado numa cratera deixada no local desde que a estatal interrompeu a mineração de carvão em Cachoeira do Sul, há quase 20 anos. Para Drescher, um dos pontos mais importantes do projeto é o que prevê a destinação do chorume, líquido resultante dos resíduos orgânicos.
O presidente do Comdema explicou que existem pelo menos quatro processos para extrair do lixo orgânico o gás necessário para a geração de energia. - Isso pode ocorrer tanto a céu aberto quanto nos reatores - salientou o engenheiro. Na semana que vem, quando retornar de férias, Drescher pretende procurar o prefeito Marlon Santos para discutir esse e outros temas relacionados ao meio ambiente.
Havia mais empresas interessadas no lixo
A mineradora CRM, que vai ingressar agora na área de destinação do lixo, recebeu o apoio do ex-prefeito Pipa Germanos para administrar o futuro aterro sanitário regional. Porém, outra empresa também se mostrou interessada pelo projeto, revelou o ex-presidente do Comdema, Eduardo Minssen. Seus diretores chegaram a fazer contato com a Câmara do Comércio e Indústria (Cacisc). O Executivo Municipal, no entanto, fechou acordo neste período com a CRM. (Jornal do Povo, 5/1)