Guaíba tem pior seca dos últimos 22 anos
2005-01-05
Desde o início de dezembro, o Guaíba, na Capital, registra um de seus níveis mais baixos nos últimos anos. Além de chamar a atenção dos porto-alegrenses pelas margens recuadas e pela formação de ilhotas barrentas em vários pontos, a diminuição de profundidade já ameaça causar transtornos à navegação. Técnicos da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) do Estado, órgão responsável pelo monitoramento do Guaíba, acreditam que a circulação de embarcações pode ficar comprometida se o volume de água não aumentar. O nível médio da água registrado em dezembro, o mais baixo em pelo menos sete anos analisados pela SPH ontem a pedido de Zero Hora, ficou em 6m43cm no canal de navegação. - Se não chover, vamos ter problemas até fevereiro - afirma o diretor-superintendente da SPH, Daniel Lena Souto.
Na segunda-feira (3/1), o nível da água chegou a ficar apenas sete centímetros acima do limite, e ontem voltou a subir para 22 centímetros. O chefe da Divisão de Operação e Fiscalização da SPH, Orlando Machado Sanchez, afirma que poderão ser necessárias dragagens emergenciais em pontos mais elevados para permitir a passagem dos barcos.
A diretora da Divisão de Tratamento do Departamento Municipal de Água e Esgotos, Maria Inês Passuello, garante que não há risco de desabastecimento e que a água está em condições de potabilidade apesar da proliferação das mesmas algas verdes que pintaram o Guaíba no verão passado. Em Cachoeirinha, também há proliferação de algas no Rio Gravataí, mas técnicos garantem que a qualidade da água se mantém. (ZH, 27/ O Sul, 11 / JC, 11)