Empresa ganha liminar e volta a coletar lixo em Sapucaia
2005-01-05
O primeiro ato do prefeito de Sapucaia do Sul, Marcelo Machado, foi assinar notificação da Justiça informando sobre a liminar concedida à Recilix para retomar a coleta de lixo e gerenciamento do aterro sanitário. A assinatura, contrária à vontade do prefeito, demonstra que a Prefeitura cumprirá a determinação da juíza Clarissa Costa Lima. Conforme Marcelo, a liminar será contestada, pois a empresa vem há seis meses demonstrando que não possui mais condições de prestar os serviços contratados pelo Município, que em fevereiro passado renovou o contrato com a empresa por outros cinco anos.
O acúmulo de lixo nas ruas motivou a Prefeitura a suspender unilateralmente, em 15 de dezembro, os contratos que havia firmado com a Recilix. — Tivemos que tomar uma atitude drástica, pois tentamos uma liminar na Justiça. Quando a Prefeitura assumiu a coleta com o apoio de serviços terceirizados, foram recolhidas 400 toneladas de lixo, garante Marcelo. — Tenho a confiança de que a Justiça, após conhecer todos os elementos que temos para apresentar, vai nos dar razão, prevê o prefeito, lamentando o fato de o Município não ter sido consultado antes de a liminar ser concedida em prol da empresa.
Conforme Marcelo, desde a última semana de dezembro, a Prefeitura vem respondendo pela coleta de lixo e gerenciamento do aterro sanitário junto com a empresa terceirizada. — Estamos preparando um processo de licitação para que outras empresas possam se habilitar a concorrer, diz o prefeito. Ele informa que a Recilix possui apenas dois caminhões em condições de atender a demanda do município. — A situação difícil fazia com que o serviço fosse prestado sem qualidade, garante o prefeito. O proprietário da Recilix, Roberto Gonzalez, foi contatado no seu telefone celular pela reportagem do Jornal VS, mas não foi localizado. Quando da suspensão dos contratos pela Prefeitura, Gonzalez garantiu que a empresa funcionava com pelo menos 20 homens na coleta e que a frota de caminhões está em condições de fazer o recolhimento. Ele disse, ainda, que a Prefeitura deve R$ 500 mil de dívida relativa ao ano passado. (Jornal VS, 4/1)