PET se valoriza e é nova aposta
2005-01-04
O PET, o plástico empregado nas embalagens de refrigerantes, é a nova aposta do mercado de sucata. Seu preço vem subindo e empresários que trabalhavam apenas com alumínio começam a testá-lo para diversificar as atividades. – Ao perceber que o material tem qualidade, as indústrias passaram a usá-lo, e as empresas de revalorização, que fazem moagem, purificação e transformação em matéria-prima, foram melhorando os serviços, diz Hermes Contesini, 41, coordenador de comunicação da Associação Brasileira das Indústrias de PET (Abipet).
A demanda vem da indústria têxtil, que usa fibra de poliéster na manufatura de tecidos, e química, para a qual o PET vira matéria-prima de tintas, pois a resina reciclada é econômica e custa menos que a metade do valor pago pela substância virgem, US$ 1.250 por tonelada. Os plásticos reciclados não podem ter contato com alimentos, então a garrafa não volta à gôndola com essa forma. É usada na produção de peças como tubos e baldes, cordas e vassouras.
Em 2003, foram produzidas no país 330 mil toneladas de PET para embalagem. A reciclagem chegou a 141,5 mil toneladas, conforme a Abipet, que estima, para este ano, 170 mil toneladas.
Um ano depois de serem reconhecidos na Classificação Brasileira de Ocupações (índice oficial do país), os catadores de material reciclável eram 17.674 nos registros do Ministério do Trabalho, no fim de 2003, último dado disponível. Os reconhecidos pela estatística oficial são minoria numa categoria notoriamente regida pela informalidade. Levantamento do Cempre indica que 500 mil vivem da atividade no Brasil. (Diário de Cuiabá 3/12)