Negócios em alta na Bolsa de Resíduos da FIRJAN
2005-01-04
A Bolsa de Resíduos da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro - FIRJAN negociou em 2004, 130 toneladas de subprodutos; em 2003 foram 90 toneladas. Após passar por reformulação realizada em parceria com o Sebrae-RJ para facilitar o acesso via Internet e atrair novos participantes, principalmente pequenos e microempresários, o projeto deve apresentar crescimento de 40% em 2005. A expectativa é do gerente de Meio Ambiente da entidade, Luís Augusto Carneiro Azevedo. - As empresas estão descobrindo pouco a pouco que é mais interessante negociar os resíduos que podem servir como matéria-prima para a fabricação de diferentes produtos do que gastar para lhes dar destinação adequada, observa Azevedo. Ele acrescentou que resíduos oleosos, plásticos e de madeira são os mais procurados.
Segundo informações do gerente, em 2001, primeiro ano de funcionamento da Bolsa de Resíduos, uma pesquisa constatou que 30% dos anunciantes conseguiram fechar negócios por esse canal de comunicação on line e também pelo boletim impresso. Este ano o percentual subiu para 40%. - Para nossa surpresa, além da demanda das empresas do Rio de Janeiro, temos tido uma grande procura de anunciantes de outros Estados, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Bahia, diz o gerente de Meio Ambiente. Segundo destacou, existe um reconhecimento por parte das empresas, dispostas a atuar corretamente, que o passivo ambiental é uma bomba-relógio. Dessa forma, acrescenta, mais importante é investir em melhores práticas de gerenciamento de resíduos do que deixar que eles sejam dispostos inadequadamente, podendo causar acidentes, contaminação do solo e cursos dágua, além de problemas de saúde pública e outros impactos negativos. Ainda está previsto para este ano o lançamento do Manual de Gerenciamento de Resíduos.
A gerente de Meio Ambiente e coordenadora do Núcleo de Econegócios do Sebrae-RJ, Dolores Lustosa, destacou que a entidade tem atuado junto aos empresários fluminenses visando a difundir a conscientização em relação ao processo produtivo. Ela diz que as empresas devem buscar, primeiramente, reduzir o volume de resíduos industriais, porque na maioria das vezes eles indicam algum tipo de desperdício. A gerente informou que o Sebrae Nacional e sua rede de parceiros implantaram 15 Núcleos de Produção mais Limpa no Brasil, a fim de tornar esse processo uma realidade para os pequenos e microempresários brasileiros. A meta é de que haja cobertura para todos os Estados já em 2005.