Ministros europeus aceitam retirar o cádmio das baterias
2005-01-04
Os ministros do Ambiente da União Européia (UE) chegarama um acordo, há cerca de duas semanas, e aceitaram retirar o cádmio, metal pesado altamente tóxico, das baterias, para evitar a poluição das reservas de água e da atmosfera. Esta proibição, que deverá ainda ser aprovada pelo Parlamento Europeu, isenta baterias de equipamentos médicos, luzes de emergência e sistemas de alarme. Após um período de quatro anos, a proibição será revista pela Comissão Européia, que será, então, encorajada a diminuir a lista de exceções, pressionada por países como a Dinamarca e a Suécia. Estes pretendiam uma proibição total às baterias com cádmio. Os ministros definiram ainda metas para o recolhimento de todos os tipos de baterias portáteis, a fim de promover as taxas de reciclagem que, atualmente, variam muito entre os Estados membros. A Bélgica tem uma das taxas mais elevadas, enquanto que o Reino Unido tem as mais baixas. Os governos deverão assegurar que 25% de todas as baterias usadas são recolhidas nos seus territórios dentro de um período inicial de quatro anos, a contar depois da transposição da legislação européia para o direito nacional. Esta percentagem vai subir para 45% depois de oito anos, o que equivale a cerca de 5 bilhões de baterias por ano. Segundo a Comissão, já existem no mercado soluções suscetíveis de substituir as baterias de cádmio, como as baterias a níquel-hidreto metálico. O cádmio é um metal pesado altamente tóxico. Persiste no ambiente, podendo acumular-se nos organismos vivos. A acumulação deste metal no fígado e rins pode originar doenças em longo prazo. A exposição crônica pode provocar doenças cardíacas. (Ecosfera, 20/12)