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2005-01-04
As Nações Unidas querem que, em menos de um ano, esteja funcionando um sistema de alarme capaz de prever a chegada dos maremotos no sudeste asiático. Segundo analistas, bastaria um alerta semelhante ao que existe no Oceano Pacífico para que milhares de vidas tivessem sido salvas das ondas gigantes, no sul da Ásia, no último Natal. Este sistema não custaria mais de US$ 30 milhões. Uma conferência a ser celebrada a partir desta quinta-feira (6/1), em Jacarta (Indonésia), servirá para concretizar o projeto. As redes de alerta são compartilhadas entre todos os países e emitem alertas de maremotos, ao mesmo tempo em que detectam um terremoto submarino a partir de una determinada magnitude. Assim, a população tem tempo de evacuar praias antes da chegada de ondas. Se no centro do Havaí, no Pacífico, é detectado um terremoto, em apenas 15 minutos pode ser enviado um alerta aos 26 países membros da rede de alerta. Segundo Salvano Briceno, diretor da oficina de desastres da ONU, antes de um ano, todos os países da costa asiática, especialmente no sudeste do continente, terão que ter equipamentos para detectar, com antecedência, a possibilidade de que se produzam tsunamis, mesmo que estes equipamentos sejam básicos. A Tailândia e a Indonésia já pertencem à rede de alerta do Pacífico, mas somente em suas costas de tal oceano, e não nas do Oceano Índico, que foram exatamente as danificadas pelos maremotos do dia do Natal. (El Mundo, 3/1)

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