Ontem, a coloração podia ser conferida entre os bairros Cristal e Ipanema, na zona sul da Capital. À tarde, nos momentos de sol forte, o verde que substituiu o tradicional marrom ficou intenso, como se o Guaíba estivesse livre de poluição. Ontem, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) informou que até sexta-feira não havia sido notado nenhum tipo de alteração na água nas estações de captação ou tratamento, mas que o calor intenso e a falta de chuva dos últimos dias podem ter sido responsáveis pela mudança na coloração. A assessoria de imprensa do órgão afirmou que na manhã de hoje serão colhidas amostras para testes.

Em março, as águas do Guaíba já haviam ficado verdes. A estiagem e o calor aumentaram a quantidade de algas, cuja multiplicação devido à temperatura da água provocou alterações na cor, no odor e no gosto da água, principalmente na Zona Sul. Desde 1997, a estiagem não era tão forte e o Guaíba não chegava a níveis tão baixos de navegação. O fenômeno fez com que o Dmae reduzisse o problema adicionando carvão ativado à água. (ZH, 26) (ZH, 37)