Seguem negociações entre coletores e empresários de resíduos em Buenos Aires
2005-01-03
O conflito entre coletores de resíduos e empresários do setor que operam na
capital argentina segue aberto, já que as negociações voltaram a se estagnar
após reunião realizada na tarde passada (29/12) no Ministério do Trabalho.
–Dissemos ao ministério que rechaçamos a proposta, disse Mariano Silva,
secretário adjunto do Sindicato de Caminhoneiros, referindo-se ao
oferecimento de 40% da indenização pela qual reclamam. O dirigente afirmou
que um plenário determinará os passos a seguir, deixando aberta a
possibilidade de medidas de força. De qualquer forma, está vigente, até 11
de janeiro, a conciliação obrigatória ditada pelo Ministério do Trabalho.
Buenos Aires gera cerca de 3 mil toneladas diárias de lixo domiciliar.
O conflito desencadeou-se a partir de quarta-feira da semana passada (22/12),quando vários caminhões atiraram resíduos sobre a Avenida de Mayo, em frente à sede do governo portenho. As imagens chegaram até a Casa Rosada, sede do governo federal, e o presidente convocou o caminhoneiro Hugo Moyano, questionando-o duramente sobre a forma escolhida para o protesto. Ontem (29/12), Ibarra admitiu seu temor de que o conflito se reinicie e reconheceu que a negociação é difícil. O sindicato reclama indenizações porque algumas das empresas que operavam na coleta de resíduos mudaram de razão social, deixando funcionários antigos a descoberto.(Clarín 30/12)