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2005-01-03
Uma semana depois que um terremoto e ondas gigantes devastaram a província remota de Aceh, na Indonésia, corpos ainda estão perfilados sobre a terra, envenenando as reservas de água. Montanhas de lixo – tudo o que sobrou das comunidades que foram varridas em cinco minutos no dia do Natal – ainda não foram removidas. Suprimentos de emergência, enquanto isto, estão parados em um hangar onde se localiza um campo militar, na capital provincial, Banda Aceh, aonde pessoas sem lar recorrem com fome e necessidade de medicamentos. Um estranho ar de inatividade invade Aceh, localizada na região mais a noroeste do arquipélago da Indonésia, perto do epicentro do terremoto que espalhou as ondas gigantes pela região. Após a catástrofe que matou mais de 80 mil pessoas na província e deixou milhares de desabrigados e refugiados, é esperada ajuda de todo tipo e de todo lugar para amenizar a dor em um país de 200 milhões de pessoas. Mas na vila de Krueng Raya, que era antes um local paradisíaco e repleto de pescadores, os sobreviventes agora têm que escavar ruínas de residências para retirar corpos. Lá morreram mais da metade dos 7 mil habitantes, e os sobreviventes estão vivendo em campos de refugiados. Krueng Raya fica a apenas 30 milhas a leste de Banda Aceh, mas o caminho está bloqueado por árvores, entulhos, postes e corpos. A cidade está sem comunicação e não há helicópteros suficiente para trasladar vítimas. (The Independent, 2/1)

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