Empresas contornam transtorno provocado por desinfetante encontrado na água em Lajeado
2004-12-30
Cerca de 300 residências de Lajeado sofreram, em maior ou menor grau, o mesmo inconveniente na última semana: as torneiras jorraram água laranja e espumosa, decorrente da sucção de 500 litros de um desinfetante pelo registro do tanque da indústria Girando Sol, especializada em produtos de limpeza. O transtorno ocorreu em função da falta de água nesta região, quando um dos operadores da Girando Sol não fechou o registro do tanque satisfatoriamente e o desinfetante foi sugado de um dos tanques para a rede de água da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan).
Todavia a situação já foi contornada por ambas as empresas. A Girando Sol retirou o tubo e instalou duas válvulas de retenção, a fim de impedir problemas semelhantes no futuro. A indústria ainda distribuiu água mineral a todos os moradores atingidos, limpou reservatórios, disponibilizou um médico de segurança do trabalho da própria empresa e os orientou a deixar a água da torneira correr, a fim de desobstruir a tubulação.
- É possível que tenhamos de pagar multa no futuro, mas não sabemos ao certo. Tal avaliação dependerá do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) e da Defesa Civil, responsáveis por esta área. Houve uma série de falhas operacionais e tanto nós quanto a Corsan tivemos culpa - admite Marco Antônio Jaeger, engenheiro químico da Girando Sol.
O gerente da Corsan de Lajeado, Paulo Ricardo Maria da Silva, revela que a Companhia Riograndense de Saneamento tomou providências assim que soube do incidente. - Efetuamos o expurgo dos hidrantes e procuramos eliminar o produto imediatamente. Conseguimos eliminar o problema e certamente o BPA irá fiscalizar novamente. - disse. (O Informativo, 29/12)