Guaporé trata resíduos do setor de jóias
2004-12-29
O setor joalheiro é muito significativo para a cidade. Para a produção das peças, são utilizados produtos químicos perigosos ao meio ambiente e à saúde dos trabalhadores. O tratamento desse material deve ser feito pelas próprias empresas, mas a Secretaria Municipal da Indústria e Comércio resolveu dividir essa responsabilidade. Para a secretária Denise Roos, as empresas têm de entender a importância do tratamento dos gases líquidos. – Não se pode exercer simplesmente uma pressão por meio de multas, mas sim mostrar a elas o que deve ser feito, por que deve ser feito, e só depois estipular um prazo para a mudança, explica.
Nas 35 empresas que realizam banhos galvânicos (limpeza dos efluentes líquidos) o volume tratado é de 850 mil litros por mês. A cidade também está preparada para a limpeza e exaustão dos gases liberados a partir dos processos de lavagem. Essa etapa é realizada pelo laboratório Vale Deserto, mas em volume menor do que o da limpeza dos afluentes.
O manual toxicológico para uso das empresas e aplicação também nos hospitais já foi elaborado. O material sugere inclusive qual o procedimento ideal para o tratamento de infecções tóxicas. Para o banhista de jóias Arlei Brum, sua saúde melhorou depois que trocou de emprego. Onde trabalha agora, existem equipamentos para lavagem de líquidos e gases. (JC, Jornal Cidades, 3)