O temor do mal da vaca louca, a encefalopatia espongiforme bovina (EEB), apressou a adoção de métodos alternativos de criação de animais. As exigências da União Européia, grande importadora de carne bovina, principalmente, forçam pesquisadores e técnicos a desenvolver projetos que livrem o rebanho dos meios alopáticos e agroquímicos ainda largamente adotados na pecuária nacional. -A busca pela sustentabilidade ecológica da produção, vista como ideologia de grupos minoritários, passou a ser inquietação de uma população preocupada com a barganha da produtividade e com a insegurança sanitária-, avaliam o agrônomo Sérgio Pimenta e o veterinário Luiz Witzier. Agora é o o boi orgânico que ensaia os primeiros passos na pecuária brasileira. São de Mato Grosso do Sul os maiores projetos que visam à criação de bovinos em escala industrial, com procedimentos que interagem o meio físico com medicamentos homeopáticos e fitoterápicos, reduzindo o estresse dos animais e garantindo carne sem hormônios ou resíduos de agrotóxicos. No momento, estão sendo criadas 34.100 cabeças de bovinos orgânicos. (JB-27/8)