Depois de um dia de protestos e bloqueios em rodovias no norte do Estado e no oeste de Santa Catarina, o Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) conseguiu um acordo com a Energética Barra Grande (Baesa) e o governo federal. Em uma reunião em Florianópolis (SC), a Baesa se comprometeu a dar madeira para a construção de 400 casas populares na região atingida pela obra, em Pinhal da Serra e Anita Garibaldi (SC), com a participação do governo federal.

Deverá ser liberado um crédito de R$ 6 milhões para recuperação e desenvolvimento da região. Além disso, foi assinado convênio com o MAB para a construção de três reassentamentos e prestação de assistência técnica. Das 237 famílias que estavam excluídas do processo de indenização, 114 tiveram o direito reconhecido pela Baesa.

A exclusão do processo de indenização era o motivo pelo qual agricultores que tiveram as terras alagadas pela construção de barragens e comunidades ameaçadas por projetos de hidrelétricas protestaram ontem, bloqueando rodovias nos dois Estados.

Em Erechim, um documento elaborado em assembléia por cerca de cem agricultores reivindicava ao governo federal e às empresas construtoras de usina o pagamento às famílias que ainda não teriam recebido indenização pelas terras que serão alagadas e a não aprovação de novos projetos que possam causar dano ambiental. (ZH, 56)