Expansão do setor de celulose favorece floresta
2004-12-23
O investimento de US$ 14,4 bilhões na ampliação da produção de celulose e papel no Brasil deverá gerar 1,2 milhão de hectares em novas florestas, dentro de 10 anos. Somados aos atuais 1,5 milhão de hectares, deverão assegurar ao País uma área de 2,7 milhões de hectares de vegetação plantada.
Isto permitirá a preservação das matas nativas, avalia o empresário Boris Tabacof, que acaba de presidir, em Bruxelas, a reunião do Comitê de Assessoramento das Áreas de Papel e Produtos de Madeira, ligado à FAO, órgão da ONU para a alimentação e agricultura.
A reunião do comitê, integrado por 24 membros, serviu para avaliar as perspectivas do início da aplicação do Protocolo de Kyoto, que começa a vigorar a partir de 1º de janeiro. Tabacof entende que o Brasil tem boas possibilidades na área de redução do gás carbônico na atmosfera. – O mundo sabe que o Brasil pode apresentar uma importante contribuição para a redução do gás carbônico, sustenta.
O empresário brasileiro destaca que a criação de novas florestas plantadas, com renovação constante, é um passo importante: – A experiência brasileira está se fortalecendo, com a ampliação das florestas plantadas. Pequenos agricultores que possuem áreas já começam a se movimentar, e cooperativas para a introdução de novas florestas já estão em formação.
A reunião de Bruxelas foi realizada em paralelo ao encontro de empresários dos principais países fabricantes de papel e celulose, como os europeus, Brasil e Canadá. (Celuloseonline, 22/12)