Lixo próximo ao cemitério de Santa Maria preocupa ambientalistas
2004-12-23
O Municipal está explodindo. A afirmação é do ambientalista e presidente da Fundação Ibiratuitã, Ari Quadros, que pretende solicitar em breve ao Ministério Público a abertura de inquérito com relação ao lixo que é depositado em áreas adjacentes da maior necrópole de Santa Maria. - Queremos saber, na verdade, qual é a intenção do poder público. Se é ocupar toda a área verde que existe aos fundos do terreno para ampliar o Cemitério? Se vai continuar utilizando aquele local apenas para depositar lixo e entulhos? Ou se vai destinar para construção de uma área de lazer? - questiona.
Conforme ele só a quantidade de lixo depositada às margens do Arroio Cancela, que passa aos fundos do terreno é brutal. Para Quadros a questão ambiental do município é muito mais que preocupante. - É tão brutal e perversa que já encaminhamos vários pedidos às autoridades competentes para que estes problemas sejam investigados e sanados - afirma. Para concluir o ambientalista considera que a questão do Municipal é antiga, gravíssima, e precisa ser debatida pela comunidade e o município.
O administrador dos Cemitérios Municipais, Álvaro Spironelo, explica que todo o material que é depositado no barranco aos fundos do terreno é recolhido às sextas-feiras pela Prefeitura. Embora esteja há poucos meses a frente do cargo Spironelo afirma que assim que o Prefeito definir o secretário, que irá responder sobre os cemitérios municipais, pretende procurá-lo para sugerir algumas medidas, como o cercamento do terreno do Ecumênico. Sobre a área verde, ele afirma que a mesma pertence ao município. No que diz respeito a projetos, Spironelo comenta que a Prefeitura já teria elaborado uma proposta, que prevê melhorias no Municipal como a implantação de estacionamento e capela mortuária.
O secretário de Planejamento, Obras e Planejamento, Altamir Campos, confirma a existência do projeto, mas afirma que o mesmo ainda não foi implantado porque ainda precisa passar por algumas modificações. - Antes, vamos avaliar todas as possibilidades, inclusive, de implantação, podendo até terceirizá-lo - diz. (A Razão, 22/12)