Negociação não funcionou e foram necessárias medidas de força
2004-12-23
Ainda no final da tarde de terca-feira (21/12), o diretor nacional de Relações do Trabalho, Jorge Ariel Schuster, esteve reunido como os funcionários de Conciliação Laboral Adrián Caneto e Marcos Ambrusso, na sede de Callao, mas as negociações não avançaram. Ao contrário, os grevistas partiram para manifestações contundentes, espalhando e queimando lixo, o que exigiu medidas mais enérgicas das autoridades. Os coletores reclamam o dobro de indenizações devido à mudança de firma da empresa concessionária do serviço. Diante da negativa, eles acabaram realizando
uma espécie de operação padrão, que é coletar o lixo não em ritmo de trote, mas apenas caminhando, o que demora mais, resultando em partes da cidade sem atendimento da coleta em tempo hábil. O governo, para evitar isto, informou que estaria preparando uma operação de emergência,
colocando pessoal seu para trabalhar nas ruas já na manhã de terça (21/12), mas, mesmo assim, não conseguiu dar conta do serviço, deixando a descoberto da coleta zonas do centro, dos hospitais e dos bairros da Boca e Onze, sem falar nas principais avenidas portenhas. O chefe de
governo da cidade, Aníbal Ibarra, considera o protesto injusto e desmensurado porque os trabalhadores estão reclamando indenização sem terem sido demitidos.